Ao mestre, com carinho.
04 junho 17
Admiro as linhas nem tem tanto tempo. Poesias tão tuas e outras poucas já tão minhas... Leitura fácil, esquecível da vida, um sorriso frouxo pendendo no canto dos lábios a cada frase lida e a surpresa de um quê a mais a cada fim de poema. Uma, duas, três, dez linhas. Ou mais. Tanto faz. A idéia escorre por entre teus dedos e num instante tu transformas a rotina, eternizando-a num pedaço de papel. Seja datilografado em máquinas velhas, seja rabiscado em folhas amarelas ou esquecido num arquivo, cheio de outros poemas antigos. E saboreio, e estremeço, e arrepio, e fantasio, e silencio. Ao ler, o que me vêm ao alcance dos olhos, me pergunto se há algum meio de tornar tudo mais perfeito, de tornar mais poético. E há.
Teus poemas vieram com o vento, através da tua voz de preguiça tão mudada enquanto tu dás vida às palavras poeirentas. E te observo degustando os poemas anciãos, vestindo-se daquilo que lês e a poesia vem a ser mais perfeita, o arrepio mais intenso e o meu silêncio mais pesado. E só te observo. Você sendo aquilo que fugiu de dentro de ti em outros tempos, as palavras vincadas em tuas feições, seja numa frase de sorriso, seja num sussurro comedido, numa testa mais franzida ou num jogo de olhar, apenas. Sempre linha debaixo de linha. Você transforma-se em poema e eu te admiro, então. E saboreio, e estremeço, e fantasio, e silencio. E me pergunto se há algum meio de tornar tudo mais perfeito, de tornar tudo mais poético. E há.
As palavras atropelaram-se, estancando bruscamente na garganta. Eu via o pulsar delas, a tua agonia e a força com que as engolia de volta. A frase evaporou, pairando no ar. O poema ficou sem final. Os lábios tremeram. Os olhos fecharam. A respiração ofegou. E ali, do canto do teu olho de piscina, mais uma poesia brotou. Cintilante. Recheada de saudades, segredos e mistérios, que no teu rosto nasceu, escorreu e ficou.
as palavras (falo destas que trazem verdade em si, mesmo enfeitadas de sentimentos) sao das formas mais lindas de dizer que se sente. e de nada vale o número de linhas, o formato cursivo (ou nao) das letras.. importa mais o que existe por trás de cada virgula (:
ResponderExcluirbeijos, querida!
A Jaya disse uma vez que escrever é parir palavras. Acredito nisso, desde então. Deve ser lindo vê-las nascer, assim. Nos olhos daquele que te levou a elas.
ResponderExcluirBonito, Fê.
:*
p.s: as imagens na sidebar deram certo. Brigadão, doce.
que lindo, as palavras colocadas em seu lugar perfeito.
ResponderExcluirMaravilhoso
Lindo demais, como tudo que leio aqui.. seu modo de escrever é contagiante. Parabéns.
ResponderExcluirAmo passa por aqui e ler as coisas que vc escreve
ResponderExcluirÈ de um carinho enorme...
Um xeiro
cri... cri... cri...
ResponderExcluir=D
Não sei porque, mas esse teu texto tem cara de saudade.
ResponderExcluirFicou lindo e cheio de poesia.
Beijo, Fê.
Oie... obrigada pela visita...
ResponderExcluirJá tem algum tempo que está com aquele visu mais to vendo se consigo alguma coisa bem pessoal mesmo...
Adoro vir aqui e ler suas palavras
Um xeiro
Belo blog, bela postagem...
ResponderExcluirExcelente trabalho!!!
Fiquei feliz em conhecer...
Veja:
http://mailsonfurtado.com
Um crescendo sutil, mas perfeitamente distinguível. A verdadeira arte é a que surpreende.
ResponderExcluirDoce Fernanda.
ResponderExcluirFoi tudo tão leve, que quando eu percebi o texto havia terminado.
É bonito e muito agradável te ler, moça.
Obrigada pelos comentários.
Beijos!
Oração do amor
ResponderExcluirEu te entrego esta carta para você ter sorte no amor, faça 4 cópias e entregue a 4 amigas não deixe nenhum homem ler. No dia que entregar a última carta, durma e escreva no pé esquerdo o nome dele, quando acordar não diga a ninguém o sonho que teve. Depois de 7 dias ele irá te procurar mesmo estando compromentido.
leve, assim como cada linhas ..
ResponderExcluircada poema marca .. cada texto seu eu me apaixono.
Ah Fê quanta doçura...
ResponderExcluirtú tens uma sensibilidade notável!!
Lindo, lindo!!
Beijinhos
A poesia nunca terá um ponto final. Essa que é a verdade.
ResponderExcluirTuas palavras tem açúcar.
=*
Uma lágrima pode ser mais eloquente do que qualquer palavra.
ResponderExcluirBelo texto.
Abraços.
O meu mestre, no caso, nunca existiu para mim em matéria. Encontro-o nas letras. Nos encontramos nas letras.
ResponderExcluirEu quis, Fê, poder homenagear alguém assim, dessa maneira. Entregar a poesia a quem um dia a entregou a mim. Dividir, somar, não sei.
Sei que foi lindo. Feliz de você, que escreveu esse texto.
Um beijo de carinho, te deixo.
Ô Fê, que beleza pura essas suas palavras! Tanto encanto!
ResponderExcluirTanta , tanta ternura!
Oi Fê.
ResponderExcluirAi, ai essa gente que escreve... Tu quase sempre me esbofeteia sem luvas com os seus escritos.
https://ladomilla.blogspot.com.br/