O que você traz consigo que não te pertence?
por Beatriz Zanzini
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Você implica com o seu cabelo cacheado ou crespo porque realmente prefere ele liso ou porque te fizeram acreditar que só o cabelo liso é bonito?
Você engole o choro quando não está sozinha porque prefere não expor seus sentimentos ou porque te disseram que chorar é motivo para se envergonhar, é um sinal de fraqueza? (E, falando em fraqueza, desde quando você alimenta a ideia de que sensibilidade não é sinônimo de força?)
Me peguei refletindo sobre o quanto absorvemos coisas que não são nossas e o quanto isso nos afasta da nossa real essência.
Temos que lidar, diariamente, com a imposição de padrões que em nada refletem o que somos, porque jamais consideram a individualidade e a beleza única de cada um.
Somos doutrinados a ser assim, a preferir isso, a rejeitar aquilo. Não somos ensinados a respeitar nossa essência, a escolher nossas preferências. Seguimos o roteiro, de forma mecânica, e excluímos totalmente o que sentimos.
Por isso, te convido a refletir: O que você traz consigo que não te pertence? Qual é o sapato que te aperta os pés porque não te cabem? De quem é o peso que você vem carregando? Qual é a tua dor que estampa a cicatriz em outro corpo?
É preciso se libertar das correntes que te pregam, o tempo todo, que você precisa manter os pés neste chão raso e vazio. Só assim você será capaz de abrir a sua mente e, também, as tuas asas, afinal você merece mesmo é voar.
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